eu amo ser eu.
Em um mundo onde as comparações parecem ser a medida da nossa identidade, e onde o espelho da sociedade tenta constantemente refletir um padrão que nem sempre nos cabe, aprendi a valorizar o que é mais precioso: ser eu mesma. Não há satisfação mais genuína do que viver de acordo com a minha verdade, sem tentar me moldar para caber nas expectativas alheias. “Você, querida, olha pra mim”, dizem muitos. Mas e se, ao invés de olhar para os outros em busca de validação, nós aprendêssemos a olhar para nós mesmas, a ouvir nossa própria voz e a seguir nosso próprio caminho?
Desde muito jovem, fui ensinada a ser uma boa aluna, uma boa filha, uma boa amiga, uma boa versão do que esperam de mim. E, em meio a todas essas expectativas, eu me perdi. Como posso ser boa para os outros se não sou verdadeira comigo mesma? Como posso ser a melhor versão de algo que não sou? Isso me levou a uma constante busca por aprovação, por encontrar minha identidade nos olhares e palavras dos outros, até que percebi que estava me distanciando de quem eu realmente era.
A sociedade nos ensina a ser cópias, nos dá modelos e padrões a seguir, nos obriga a encaixar nossas vidas em uma caixa pré-fabricada. Você vê todos os dias pessoas que tentam se ajustar a esses moldes, gastando uma energia imensa para parecerem ser alguém que não são. O problema é que, no final, quando você se dedica tanto para ser o que os outros esperam, acaba esquecendo de ser quem você realmente é.
O verdadeiro ato de coragem é parar de tentar se encaixar no que o mundo diz que é certo ou bonito e simplesmente ser quem você é, com todas as suas imperfeições, com todos os seus sonhos inacabados, com as suas inseguranças, mas também com a sua força única. A vida não precisa ser uma corrida para ser a melhor cópia, a mais parecida com o modelo. Ela precisa ser uma jornada de autodescoberta, onde, ao longo do caminho, você vai se apaixonando cada vez mais pela sua própria essência.
“Olha pra mim, querida!”, pedem as vozes ao nosso redor. Mas ao invés de olhar para fora, de me perder em comparações, eu escolho olhar para dentro. Eu escolho ver minha própria beleza, que não precisa se justificar nem se medir aos outros. Eu escolho ser a minha referência, ser a minha própria musa. E isso não é um ato de egoísmo, mas de autossuficiência. Porque, se não for em mim mesma que encontrarei confiança, segurança e autenticidade, onde mais eu poderia buscar?
Ser uma referência não é ser perfeita. A perfeição não existe, e, se existisse, seria uma prisão, não uma liberdade. Ser uma referência é ser verdadeira. É ser fiel ao que você sente, ao que você pensa, ao que você deseja para a sua vida. É agir de acordo com seus valores e não com o que a sociedade impõe. E, no fim, ser a referência de si mesma é mais libertador do que qualquer status ou aprovação que você possa conquistar fora de si.
Isso não significa que a jornada será fácil. Em muitos momentos, você será tentada a voltar para os velhos padrões, a se perder novamente nas comparações, a buscar validação onde ela não existe. Mas é nesses momentos que você deve ser mais forte. Olhe para si mesma e lembre-se: você é o suficiente. Você não precisa ser uma cópia de ninguém. Você é uma versão única, autêntica, maravilhosa de quem você escolheu ser. E essa escolha, por si só, é o que te faz mais forte e mais bela do que qualquer modelo imposto.
Quando você decide ser a referência, a liberdade se torna sua aliada. Você para de tentar viver para os outros e começa a viver para si mesma. Não há mais peso, não há mais cobrança. O caminho se torna mais leve, e, embora as dificuldades apareçam, você será capaz de enfrentá-las com confiança, porque sabe que sua força vem de dentro, e não de uma imagem externa que você precisa projetar.
Eu amo ser eu. Com todas as minhas nuances, com os meus erros, com os meus momentos de dúvida e os meus momentos de certeza. Eu amo ser eu porque sou única e essa unicidade é o que me faz especial. Quando você se ama, você se torna imbatível. Porque não há nada mais poderoso do que uma pessoa que se conhece, que se entende e que não tem medo de ser exatamente quem é.
Portanto, a próxima vez que alguém disser “olha pra mim, querida!”, em vez de olhar para fora, olhe para dentro. Veja o quão incrível você já é. Seja a referência que você sempre buscou. Não busque a aprovação dos outros. Busque a sua própria aprovação. E lembre-se: ser você mesma é o maior presente que você pode dar ao mundo.