tem gente que não vai embora, mas também não fica.
e isso… cansa.
cansa esperar, cansa tentar entender, cansa fingir que não sente falta.
porque tem ausências que são silenciosas, quase invisíveis.
a pessoa tá lá, aparece de vez em quando, manda um “oi sumida” ou curte tua foto, mas não se faz presente de verdade.
não pergunta como você tá, não escuta com atenção, não se importa com o que você sente.
é tipo um fantasma: aparece e some quando quer.
e a pior parte? você sente que precisa aceitar isso pra não perder o pouco que ainda tem dela.
só que essa ausência disfarçada de presença machuca.
porque dá esperança.
e esperança é uma coisa perigosa quando vem da pessoa errada.
você se pega esperando uma mensagem que nunca chega, um convite que nunca vem, um “senti tua falta” que nunca é dito.
se sente mal por cobrar, por parecer intensa demais.
e começa a se perguntar se o problema é você.
mas não é.
o problema é gente que não sabe o valor que tem estar, de verdade.
estar com corpo, alma, atenção.
estar com vontade.
porque estar por estar… ninguém merece.
a verdade é que presença não é sobre tempo, é sobre entrega.
e tem pessoas que podem passar cinco minutos com você e marcar a tua vida.
enquanto outras passam meses ali, do lado, e continuam sendo estranhas.
então sim, pessoas ausentes são cansativas.
porque fazem a gente se sentir sozinha mesmo quando não está.
fazem a gente duvidar do nosso valor.
e amor, afeto, amizade… nada disso deveria pesar assim.
se alguém te deixa em dúvida o tempo todo, talvez a resposta já tenha sido dada.
e lembra: você merece gente que escolhe estar.
todos os dias.
nas pequenas coisas.
nas conversas bobas.
nos silêncios.
porque no fim das contas, é isso que a gente quer, né?
alguém que fique.
alguém que seja abrigo, e não ausência.
(esse texto eu tirei do meu bloco de notas do celular, porque às vezes a cabeça tá cheia e só dá pra colocar pra fora escrevendo…